Volto a este tema pela penúltima vez. Depois, farei uma publicação de despedida: adeus e vai lá ter com o teu amigo.
Que o Benfica não deve voltar a fazer uma aposta firme em turcos, tudo bem. Que a tesão de mijo inicial facilmente se evaporou, todos já sabemos. Que este jogador teve muitas dificuldades em estar focado no clube, também é factual. Que o Schjelderup poderá dar bem conta do recado, creio que também é consensual.
Contudo, há aqui um aspeto que merece debate: os valores da venda. Fala-se em 22 milhões de euros, podendo chegar a 25 milhões com objetivos. E, ainda por cima, já vi notícias de que o Fenerbahce está a tentar baixar o preço.
E digo o seguinte: não sendo ponta de lança e mesmo com uma época irregular, Akturkoglu fez 16 golos e 11 assistências. Estamos longe de poder dizer que foi uma má época!
Quando vejo certos comentários a apelidar esta como uma “excelente venda”, até me dá vontade de levar as mãos à cabeça. Mas o Benfica entrou em saldos? Este é um clube que alcançou um estatuto na Europa como um dos que compra caro, mas também vende caro. Agora não se faz valer disso?
Relembro que, em 2022, ficámos em terceiro lugar e, mesmo assim, vendemos Darwin ao Liverpool num negócio que poderia chegar aos 90 milhões de euros.
Vejo apenas uma explicação: com tanta demonstração de vontade de sair e tanta especulação, o Fenerbahce fez de tudo para baixar a oferta. Se for esse o caso, é preciso começar a meter trancas à porta! Os jogadores não devem dar entrevistas, não devem expor-se à Comunicação Social e devem apenas jogar enquanto tiverem contrato.
Se o Benfica tivesse vendido Gyokeres pelos valores que o Sporting acordou com o Arsenal, tenho a certeza que haveria uma revolução e protestos à porta do Estádio para o Rui Costa sair. Esta venda do Akturkoglu, a meu ver, não é muito melhor…